O poder da curiosidade

 

Quando colocas curiosidade na relação com o teu filho adolescente, abres bastantes possibilidades.

Naturalmente ao sermos curiosos diminuímos o julgamento, a avaliação, a crítica. 

De que forma podemos colocar na prática a CURIOSIDADE?

A curiosidade pode estar presente em alguns momentos de convivência com os adolescentes:

Nos pensamentos - criando um espaço de partilha onde perguntando aos nossos filhos o que estão a pensar, que tipo de pensamentos geralmente têm. De realçar a intenção presente nesse questionamento. Uma coisa é eu perguntar porque estou mesmo curiosa em saber, outra é perguntar com a intenção de avaliar para posteriormente dizer se está certo ou errado.

O que dizem - temos o hábito de procurar adivinhar qual a intenção da comunicação dos nossos filhos. Este adivinhar provavelmente leva a uma maior injustiça pois podemos achar que é uma coisa e não ser essa a intenção do filho. Nestes momentos, a escuta ativa é uma boa estratégia a utilizar. 

As emoções - a curiosidade em saber o que estão a sentir perguntando "o que sentiste?" este interesse na emoção retira também o julgamento e a procura da moral (tão típica em nós, pais). dois aspectos positivos surgem desta curiosidade, a primeira dar colo e espaço seguro às emoções e aumentar o seu vocabulário emocional.

Necessidades - estar curiosa na observação dos comportamentos e perceber qual as necessidades estão em falta. Para além das necessidades físicas (alimentação, sono...) existem as necessidades psicológicas a experiência e a novidade, o reconhecimento e a significância, a segurança e o controlo e por último a de ligação e pertença.

Nesta fase de pandemia os comportamentos de maior adição aos ecrans poderá a estar a dar resposta à necessidade de ligação e pertença.

Atividades sociais - fazer perguntas, procurar saber o que fazem com os amigos. tendo sempre presente a nossa intenção de praticarmos a curiosidade . e já agora, que tal também partilharmos com eles o que nós fazemos fora de casa. 

Sonhos - que sonhos os nossos filhos têm , que ideais defendem. Tão importante ouvir e valorizar em vez de o diminuirmos e os destruirmos. Aquilo que lhes dizemos irá definir a sua relação com os seus próprios sonhos. 

Observar - o que comunica com a sua expressão corporal. Nós julgamos muito os seus comportamentos físicos em vez de ficarmos curiosos sobre o que podem significar. Um bater de porta pode dizer muito...

Quando a curiosidade entra por uma porta o julgamento sai por outra!