Educar? Não. Sente-se e desfrute!
Educar? Não. Sente-se e desfrute!
Muitas vezes esquecemo-nos de parar de educar.
Sim, pode parecer um pouco absurdo falarmos da necessidade de paramos de educar.
Principalmente porque fomos instruídos a ser pais educadores o resto das nossas vidas.
A fase da adolescência dos nossos filhos é um convite a sairmos de cena.
É o momento de confiar na educação que foi dada, na relação que foi alimentada ao longo da vida dos nossos filhos.
Uma das fontes de conflito entre pais e filhos adolescentes é a nossa permanência sufocante nas suas vidas.
Os adolescentes necessitam de pais que confiam, necessitam de pais que acreditam...
Nós temos a tendencia de continuar a querer controlar, mandar e a mostrar que sabemos mais do que eles e o que é melhor para eles. Por outro lado, os adolescentes estão à procura de controlar, de saberem o que é melhor para eles. E, só cá para nós, muitas vezes eles sabem mais do que nós.
A forma como comunicamos com um adolescente não é a mesma que falamos com um adulto.
A nossa comunicação está impregnada de autoridade, controlo e de superioridade.
É importante refletirmos se as palavras que usamos representam a nossa intenção comunicativa.
Será que a mensagem recebida tem o sentido que eu lhe dei? Se não, o que posso mudar?
Que outras mensagens chegam com diferentes significados?
Muitas vezes, aquilo que dizemos não está congruente com o que pretendemos.
Apesar da educação continuar para os pais com todo o amor, afetuosidade e persistência, é importante percebermos quando parar.
A partir da adolescência é importante passarmos outra mensagem aos nossos filhos adolescentes.
É a hora de lhes mostrarmos que confiamos neles, que acreditamos neles e que estamos curiosos por assistir (de camarote) ao seu processo de descoberta, de exploração e de construção de identidade.
É o momento de respirar fundo e confiarmos na educação que demos, na relação que construímos e que queremos manter.
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